oi, meu nome é bruna e vou te levar numa jornada unica pela experiencia que criei e a explicação de tudo por trás dela.

o contexto é sobre a influencia do som no nosso cérebro e como ele nos afeta de todas as formas.

eu percebi q num filme ou serie, o que nos faz emocionar com alguma cena é muito mais o nosso envolvimento com os personagens e nossa entrega com aquilo do que a própria imagem. mas a música nos leva. ela que conduz por determinado caminho.

e nós nos deixamos levar.

o papel da musica é nos envolver, nos tocar, nos tirar o fôlego. e isso tem uma razão cientifica. nao é apenas o ritmo da musica conforme os movimentos, o som envolve nosso cérebro de maneira única. é um dos poucos fatores que consegue conectar os dois hemisférios, racional e emocional. nós temos a capacidade de nos entregar completamente ao som. isso se deve ao fato de estarmos presentes por inteiro ao ouvir uma musica, usamos a lógica para entender as letras e nuanças da partitura, e também a emoção para sentir o ritmo, nos movimentar conforme a melodia e cantarolar. obviamente isso se intensifica ao tocar algum instrumento, faz com q o racional esteja ainda mais ativo. 

essa experiencia que criei é sobre sentir o som, é sobre se entregar e deixar as emoções fluirem.

minha intenção inicial era acalmar e animar as pessoas nessa crise, trazer um pouco de paz,

mas sera que a musica que te acalma é a mesma que me acalma?

a musica que te anima é a mesma que me faz pular?

sera que existe um "catalogo" de emoções possíveis para cada som?

afinal, o que sera determinante na hora de sentir?

eu fui atras dessas respostas para trazer uma experiencia unica e efetiva.

claro que sua musica favorita deve te deixar bem mais feliz que eu, ao ouvi-la, e isso nao quer dizer que eu nao gosto, só significa que vc tem mais afinidade com ela. e sim, pode parecer loucura, mas vc ter afinidade com a musica faz ela te induzir mais facilmente ao estado de animo que seu cérebro associa a ela.

o que acontece é que nosso cérebro esta o tempo todo gerando ondas, as chamadas ondas cerebrais, de todas as produzidas, vamos focar em duas: as alpha e as beta.

as ondas alpha são mais amplas e menos frequentes, isso quer dizer que são fluidas, com o formato característico quando vc pensa em ondulação, elas se referem ao estado relaxado, de quando estamos deitados sem pensar em nada, sem esforços mentais, ou fazendo algo no automático, nessas situações as ondas alpha são geradas com maior intensidade em relação as outras ondas produzidas pelo seu cérebro.

as ondas beta são mais frequentes e menores, isso quer dizer que são mais "pontudas" e representam seu estado pensante, isto é, quando esta resolvendo um problema, estudando ou lendo algo complicado. e quando se esta nesses tipos de situação as ondas betas são geradas com maior intensidade em relação as outras ondas produzidas.

ainda há o fato que nosso cérebro tende a se equiparar com as ondas sonoras externas, isto é, ao ouvir algo mais agitado/frenetico as ondas cerebrais tendem a ser mais intensamente beta. 

porem, tem uma variável fundamental, o gosto pessoal. e ele sim é determinante. caso vc odeie barulho de agua, colocar sons de cachoeira para dormir vao na realidade te estressar, gerando assim, mais quantidade de ondas beta, por que aquilo esta te fazendo pensar o quanto nao gosta, esta te gerando agitação. da mesma forma, quando vc adora uma musica, ao ouvi-la acaba nao prestando tanta atenção, vc sabe como ela é, ate cantarola sem perceber, isso significa que esta no automático, gerando assim ondas alpha, de relaxamento, independente da frequência da musica em questão.

por tanto mais importante na hora de induzir o sentimento de alguém é conhecer muito bem essa pessoa. nao basta uma musica calma para acalmar e nao adianta generalizar todos nós. afinal cada ser humano é único.

considerando toda essa pandemia, minha experiencia imersiva foi por agua a baixo, afinal ninguém pode mergulhar nessa jornada comigo. o que foi um pouco decepcionante no começo, mas após identificar como afetar alguém musicalmente, decidi fazer a experiencia com meus pais. é muito mais fácil focar em duas pessoas a prever o que centenas sentiriam.

e já q estou fazendo pra pessoas específicas, não quero q a experiencia seja genérica. quero mostrar o poder na música em cada um de nós, de forma específica e única. se a experiencia fosse genérica numa exposição de fim de ano (como previsto) talvez o resultado não fosse tão extraordinário em relação aos resultados, pois não exploraria o que cada um significa, englobaria todos vcs em uma só sensação q talvez fosse errada. tornar a experiencia focada em alguém não significa que não funcione pra vc, significa q é mais intenso pra quem tem essas memórias afetivas, e é sobre isso tb o projeto. o quanto nos tornamos parte de alguma coisa, o quanto alguma trilha sonora pertence a um momento único. o quão único vc é no meio da multidão igual. só vc sabe q quando toca aquela musica, vem um rosto em sua mente. uma sensação. isso é seu cérebro fazendo conexões, é ele te mostrando q a música conecta tudo, inclusive com vc em outro tempo. o passado. os vínculos, as lembranças, os desejos, os medos, as angustias, basicamente tudo q vc sente esta relacionado a seu histórico, ao q vc viveu, isso torna voce quem é. e cada momento disso abrange uma cena, com imagem, cor, movimento, luz, toque, cheiro, gosto e som. e apesar da memória olfativa ser a mais emocional, a auditiva é aquela q aciona partes do seu cérebro q nem vc lembrava. como quando vc ouve uma musica q costumava ouvir 10 anos atras e ainda lembra da letra, talvez se emocione ate mais do q na época. essa memória é a conexão que estamos falando aqui.

e por isso essa experiencia é única e exclusiva. mas ela comprova tudo que venho estudando nos últimos meses.